Publicado em 30/05/2015 16:30
A famosa marcha,
originalmente denominada “Slut Walk”, expandiu-se nos últimos anos por cerca de
19 países do globo e está acontecendo hoje em São Paulo. O ato começou no vão
do MASP, na avenida Paulista, seguindo pela rua Augusta em direção ao centro.
Este ano, uns dos grandes temas em pauta são a legalização do aborto e a denúncia do
feminicídio de Estado por meio de abortos ilegais.
O que é, quando e onde
surgiu a Marcha?
Tudo começou em janeiro de
2011, na província de Toronto, Canadá. Jovens vinham sendo aterrorizadas por
diversos casos de violência sexual na Universidade de Toronto, quando um
oficial de segurança, em palestra, fez um pedido dirigido as mulheres: que
parassem de ser vestir como vadias, pois assim não seriam estupradas. Alguns
meses depois, aconteceria a primeira Marcha das Vadias, organizada e liderada
por mulheres.
Os motivos e desejos são
muitos: o fim do machismo, da violência doméstica e da culpabilização da
vítima; a autonomia da mulher sobre o seu próprio corpo, o incentivo para que
vítimas de abuso sexual denunciem seus agressores, assim como o repúdio à todas
as formas de opressão; pelo direito de se vestir e agir livremente, sem que
isso justifique a agressão tanto física quanto psicológica.
O nome do ato, traduzida
para o português como “Marcha das Vadias” remete não só à fala do policial
canadense, como também ao termo deprecitiavo ao qual a mulher está sujeita
quando não se encaixa nos padrões morais determinados pela sociedade. Como
resposta à qualificação constante da mulher, sem levar em consideração a sua
liberdade individual e sexual, um grito de ordem foi criado: “Porque se ser
livre é ser vadia, somos todas vadias”.
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